Os últimos episódios de atentados e violência nas escolas têm chocado boa parte da sociedade brasileira, o que retomou o debate sobre a segurança e, principalmente, sobre o que tem motivado esses ataques.
Em pesquisa realizada pela instituição Nova Escola, milhares de professores foram ouvidos para que eles pudessem expor suas opiniões sobre o tema e também as possíveis soluções.
O que os educadores relatam?
Apesar da maioria ter sofrido agressões verbais e psicológicas, a violência física representa 88% dos casos. 50% alegam que os principais agressores são os estudantes, seguidos dos pais de alunos (25,65%), dos gestores das escolas (11,4%) e de outros professores ou colegas (9%).
Para os educadores, quais as razões para a violência?
Foram validadas 3.541 respostas, considerando a retomada das aulas pós pandemia:
- Aumento de doenças psicológicas por causa do isolamento (57,37%)
- Influência negativa dos familiares em virtude da vulnerabilidade que eles vivem e escassez de base de conduta social (51,54%)
- Falta de socialização dos alunos durante a pandemia (44,96%)
- Falta de ações disciplinares para os atos praticados pelos alunos (27,65%)
- Influência da região onde reside o aluno e está a escola (17,71%)
- 28,64% responderam “todas as alternativas”
Existem soluções?
Os educadores sugeriram algumas soluções para o problema:
- Criação de um plano de convivência, com regras e ações criadas coletivamente (65,25%)
- Desenvolvimento de competências socioemocionais com os alunos (62,30%)
- Organização de ações de mediação de conflitos (57,08%)
- Orientação e/ou formação socioemocional para os professores (56,37%)
- Novas medidas de políticas públicas (42%)
- Ações para incentivar uma gestão democrática (29%)
- Reuniões quinzenais com os familiares dos alunos (28,36%)
A luta pela Educação é função de toda a sociedade. Com a onda crescente de discursos de ódio e violência, a criação de políticas públicas efetivas para prevenção e enfrentamento dessa realidade são essenciais para garantir a segurança no ambiente escolar.