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Guia para identificar fake news e agir de forma responsável na internet sobre as chuvas no Rio Grande do Sul
Guia para identificar fake news e agir de forma responsável na internet sobre as chuvas no Rio Grande do Sul
Inúmeras fake news começaram a circular sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. .Saiba se prevenir de fake news e não disseminá-las.

Com o acontecimento da tragédia climática no Rio Grande do Sul, inúmeras fake news começaram a circular. Segundo um levantamento feito pelo O Globo, foram localizadas ao menos vinte notícias falsas diferentes que circularam desde o início da tragédia, amplificadas por políticos e artistas. Em alguns casos, as postagens originais tiveram 13,46 milhões de visualizações, de acordo com dados públicos das plataformas.

O professor da Escola de Comunicações se Artes da USP, Eugênio Bossi, em um evento da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, explicou que as fake news são textos que incorporam o formato de matéria jornalística a partir das plataformas sociais e das tecnologias digitais que favorecem a difusão massiva de enunciados, ou seja, são textos em formato de notícia criados para disseminar informações falsas, que se apoia no jornalismo para ganhar um certo grau de veracidade.

As fake news são criadas por diversos motivos, sendo o mais comum o intuito de atrair mais cliques para um site. Mas também podem seguir por caminhos mais nocivos e contribuíam a disseminação de desinformação sobre pessoas, empresas ou instituições, com o intuito de prejudica-los.

É isso o que tem acontecido com as informações sobre a tragédia no Rio Grande do Sul nas redes sociais, que por conseguirem alcançar mais pessoas em menor tempo, vão se multiplicando e propagando mentiras sobre ações que estão sendo tomadas no combate e contenção de danos das enchentes.

Como as fake news interferem na tragédia?

A circulação de fake news tem o potencial de causar pânico e alarmar a população. Também interferem em ações de resgate, colocam em risco a segurança das pessoas e podem impedir o acesso a mantimentos e medicamentos, segundo entrevista da pesquisadora Letícia Capone do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Internet e Política da PUC-Rio, para o jornal O Globo.

Na última semana houve o compartilhamento de um vídeo que dizia que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estava proibindo a entrada de medicamentos doados para a tender as vítimas da calamidade. A agência desmentiu a notícia, mas é preciso estar atento e saber identificar essas informações.

6 passos para se prevenir de fake news e não disseminá-las

  1. Verifique a origem das informações: Antes de tudo, é preciso checar o perfil ou veículo que está dando a notícia. A maioria dos órgãos públicos possuem algum canal oficial em plataformas online, como o próprio Governo Federal, e nas redes sociais.
  2. Observe quais são as fontes citadas: É preciso se certificar de que os sites de notícias citam fontes oficiais e legítimas para tratar do assunto. Nesse sentido, também é importante verificar se a informação não está sendo compartilhada por um perfil fake ou um robô.
  3. Faça a checagem da informação: É importante analisar se o título é muito bombástico, se o texto possui muitos erros de gramática e ortografia, se o site ou canal são conhecidos, a data em que a notícia foi produzida e se a URL é real.
  4. Verifique a autenticidade das informações: Atualmente, é possível checar se uma notícia é verídica por meio de sites de checagem de notícias de confiança, como o Fato ou Boato, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), já que é possível que mesmo as fontes de confiança reproduzam notícias falsas. Outros sites para fazer checagem são Agência Aos Fatos, Boatos.org, UOL Confere, Agência Lupa, Estadão Verifica e Fato ou Fake, do G1.
  5. Cuidado ao compartilhar vaquinhas e campanhas de arrecadação: Assim como as informações falsas, há também tentativas de golpe por meio de PIX solidários. Doe apenas para instituições de confiança e acompanhe os perfis para checar a prestação de contas das doações.
  6. Não acredite em teorias da conspiração: É comum ressurgirem teorias da conspiração sobre “castigo divino” e “fim do mundo” quando catástrofes naturais ocorrem. Elas são criadas a partir de discursos que promovem ódio e intolerância a religiões ou alguns grupos sociais, sem fonte alguma. Em casos de informações muito absurdas chegarem até você, desconfie.

Seguindo esses passos antes de compartilhar informações, é possível diminuir a circulação de fake news e ajudar ainda mais quem precisa nesse momento.