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Políticas públicas de assistência ao idoso
Diógenes Sandim

Diógenes Sandim

Médico Sanitarista e consultor da Fundação 1º de Maio

Políticas públicas de assistência ao idoso
O Solidariedade, fundado nos princípios do humanismo e que, entre suas diretrizes, encontra-se a luta pela dignidade humana, nos esforçamos em fazer cumprir na prática, por meio de Projetos de Lei, uma das maiores conquistas em favor da população idosa neste país: foi quando no dia 1 de outubro de 2003 o então Presidente Lula sancionou o Estatuto do Idoso.

O grau de civilização de uma sociedade pode ser medido pela maneira como trata seus idosos. Foram poucos os momentos em que pudemos presenciar esforços de se criar leis e regulamentos que pudessem promover um envelhecimento que frua com serenidade seu conhecimento acumulado, expressando assim, com sabedoria, sua contribuição para o processo civilizatório do seu povo.

No panorama mundial, bem como nos países em desenvolvimento, a população idosa aumenta significativamente e não cresce na mesma proporção a consciência social de que o envelhecer é um processo natural, que exige a mesma atenção que experimenta a fase adulta, produtiva, do ser humano. Se tivéssemos enquanto cultura uma visão e prática humanista enquanto modelo social, é claro que do envelhecimento extrairia toda a potencialidade que esta faixa etária de bom grado ofereceria para o desenvolvimento social.

Para entender a peculiaridade social que historicamente vivemos, voltada para os interesses mesquinhos da vida, o ser humano só é valorizado como força de trabalho, e assim mesmo como força mecânica, pois sua fragilidade física é motivo para exclusão na medida que “tempo” é uma variável que não pode ser subtraída do lucro.

As bases da política moderna se fizeram com o direito e liberdade do indivíduo, fundadas na natureza humana, e desde então estamos imersos nessa matriz cultural em que tais variáveis se interagem com interesses antagônicos, concorrentes e complementares, de forma que seu escoadouro natural é a política e todas suas variantes que emoldura a sociedade.

Voltamos agora ao tema de nosso artigo, como temos que perceber e tratar a questão das políticas públicas voltadas para o idoso no Brasil

Como disse acima, se o fulcro das diretrizes de uma política partidária for o HOMEM, aquele que dele tudo se origina e para ele tudo se encaminha, somos forçados a entender que a estrutura econômica em uma sociedade é subordinada ao homem e não ele à estrutura econômica. 

Com esta régua como medida podemos analisar os papéis dos nossos partidos políticos na formulação de políticas públicas de promoção da dignidade dos idosos em nosso meio.

O Solidariedade, fundado nos princípios do humanismo e que, entre suas diretrizes, encontra-se a luta pela dignidade humana, nos esforçamos em fazer cumprir na prática, por meio de Projetos de Lei, uma das maiores conquistas em favor da população idosa neste país: foi quando no dia 1 de outubro de 2003 o então Presidente Lula sancionou o Estatuto do Idoso.

“A espoliação mais perversa de um ser humano é aquela que subtrai da infância o tempo de aprender a brincar. Rouba do adulto o tempo de usufruir de seu trabalho com justiça e subtraí do idoso o tempo de serenidade da fruição da experiência   acumulada, na convivência com os seus. Quando não relega ao abandono e ao esquecimento”, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião da sanção do estatuto do idoso.