A cada eleição a presença feminina nas candidaturas tem aumentado. No ano de 2020, 663 cidades brasileiras elegeram uma mulher como prefeita e tivemos 9.532 vereadoras eleitas. Esse avanço reflete a ampliação do engajamento da mulher na política, mas também denota os reflexos da cultura do patriarcado no nosso país, pois
Os números de eleitas representam apenas 15,8% do total dos eleitos, de acordo com números divulgados no portal do TSE. Os homens ainda seguem comandando 88% das prefeituras no país.
Agora em 2024, temos o desafio de aumentarmos o número de prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras na política brasileira para cada vez estarmos mais próximos da paridade de gênero em todas as esferas de poder, visto que as mulheres são 51% da população, mas governam apenas 12% dos municípios brasileiros, segundo levantamento do Instituto Alziras.
A presença feminina na política, além de um esforço para a igualdade de gênero na sociedade, ainda provoca um impacto positivo na administração pública. Estudos do Instituto Alziras mostram que municípios comandados por mulheres têm mais creches, escolas e postos de saúde. Isso ocorre porque as mulheres tendem a priorizar políticas públicas voltadas para o bem-estar social e a inclusão, áreas essenciais para o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Além disso, as mulheres trazem uma perspectiva única e necessária para a política. Elas estão mais propensas a defender políticas que promovam a igualdade, a justiça social e a proteção dos direitos humanos. Suas experiências e visões de mundo contribuem para uma governança mais equilibrada e eficiente, capaz de atender melhor às necessidades de toda a população.
Aumentar a participação feminina na política brasileira é uma questão de melhorar a qualidade da democracia e das políticas públicas. Por isso, o Solidariedade reconhece que a mulher é a força na política brasileira e encoraja a cada eleição mais mulheres a participarem de iniciativas como o Lidera+, o maior programa de formação política para mulheres do Brasil. É fundamental que partidos políticos, organizações da sociedade civil e a própria sociedade apoiem a candidatura de mulheres e, o principal, que votem em mulheres. Ações afirmativas, como cotas de gênero e campanhas de conscientização, são essenciais para superar as barreiras históricas e culturais que ainda dificultam o pleno exercício da cidadania pelas mulheres.
A força feminina na política brasileira é vital para o progresso e a equidade social. À medida que avançamos para as eleições de 2024, reforçamos nosso compromisso com a inclusão e a representatividade, garantindo que cada vez mais mulheres possam ocupar seus merecidos espaços de poder e decisão. A presença de mais mulheres na política não só fortalece a democracia, mas também enriquece as políticas públicas e promove um desenvolvimento mais justo e sustentável para todos os brasileiros.