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Mãe, Mulher e Política
Samanta Costa

Samanta Costa

Presidente da Fundação 1º de Maio

A luta por uma representação mais equitativa tem gradualmente alterado o panorama político, desafiando estereótipos e abrindo espaço para vozes antes marginalizadas.

No cenário político brasileiro, a presença de mães tem sido uma força transformadora. Nas esferas de poder, onde o machismo estrutural muitas vezes subestima o papel das mulheres, especialmente das mães, é crucial reconhecer e valorizar o papel dessas mulheres na construção de políticas inclusivas e progressistas.

A luta por uma representação mais equitativa tem gradualmente alterado o panorama político, desafiando estereótipos e abrindo espaço para vozes antes marginalizadas. Mães que ingressam na política trazem consigo uma perspectiva única, enraizada na experiência cotidiana de cuidar de suas famílias. Essa experiência oferece uma compreensão mais profunda das necessidades e desafios enfrentados por comunidades diversas, tornando-as agentes de mudança poderosas.

No entanto, apesar dos avanços, ainda há desafios significativos a serem superados. O sexismo persistente e as estruturas patriarcais continuam a criar obstáculos para as mulheres, especialmente para aquelas que são mães, na política. A falta de creches acessíveis, por exemplo, representa uma barreira significativa para as mães que desejam ingressar na vida política, limitando sua capacidade de participar plenamente.

Para alcançar uma verdadeira representação igualitária, é preciso implementar políticas que apoiem e incentivem a participação das mães na política. Isso inclui a criação de programas de assistência à infância acessíveis e a promoção de medidas que garantam igualdade de oportunidades para mulheres em todas as esferas da vida política.

Segundo o IBGE (2018), há mais de 11 milhões de mães solo e 63% dessas famílias são pobres. Dados levantados pelos Cartórios de Registro Civil do Brasil a pedido do jornal O Globo mostram que, nos últimos cinco anos, houve um aumento de 1,2% no nascimento de bebês sem o nome do pai nos documentos, no mesmo período de 2018, foram 1.452.161 recém-nascidos, dos quais 78.798 ficaram sem o nome do pai.

Mães na política representam uma força vital na busca por um futuro mais justo e inclusivo. Seu compromisso com o bem-estar de suas famílias se estende à comunidade em geral. À medida que celebramos o Dia das Mães, reconheçamos e apoiemos o papel fundamental das mães na construção de um mundo melhor para todos. É crucial que tenhamos mais mulheres lideres políticas provocando mais representatividade e equidade. Por isso, luto para que cada vez mais mulheres reformulem e criem leis fundamentais para a construção de um mundo mais justo e igualitário.