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História da vacinação e a eficiência do SUS
Diógenes Sandim

Diógenes Sandim

Médico Sanitarista e consultor da Fundação 1º de Maio

História da vacinação e a eficiência do SUS
Frente a essa situação só podemos ressaltar a necessidade de manter todos cuidados já consagrados como eficientes no sentido de evitar a infecção ou reinfecção por esses covids mutantes que persistem em nosso meio.

A história natural da vacinação no Brasil teve seu desenvolvimento inicialmente obstruído pela onda negacionista impressa pelo Governo Bolsonaro, impedindo a sua aquisição em tempo hábil para evitar a morte de milhares de pessoas. 

Após reação sanitária por parte da sociedade civil, foram feitas as primeiras aquisições pela rede do Sistema Único de Saúde que, numa sequência de cobertura populacional, foi reduzindo a prevalência de infectados e de mortes. 

Contribuindo na eficiência e eficácia dos resultados positivos, tivemos a política de Estado do nosso valoroso SUS, que com suas UBSs e agentes comunitários em todo o país difundiram junto à imprensa escrita, falada e televisiva, as medidas de proteção como o uso das máscaras, higiene das mãos e evitar aglomerações. Ao alcançar a imunidade de cobertura, também chamada de “rebanho”, vimos a redução drástica do número de infectados e de óbitos pelo Covid- 19. 

Como era de se esperar, após mais de dois anos de vida reclusa, vimos um retorno à vida normal na maioria das cidades do país com poucos cuidados contra a transmissão do vírus – que apesar da consistente cobertura vacinal, tem driblado essa condição, produzindo cepas mutantes que persiste infectando mesmos vacinados, porém  com menos virulência.

No entanto, estamos vendo um aumento dos casos de doença e respectivamente de mortes que, aquém da época do pico da pandemia, tem nos levado a já pensar numa quarta onda em nosso meio.

Mas o que tem preocupado as autoridades sanitárias neste momento é o que se passou a chamar de síndrome da Covid Longa. Agora, depois de dois anos da evolução da pandemia estamos nos deparando com sintomas prolongados da Covid como:

  • Dores musculares generalizados
  • Distúrbios elétricos no coração
  • Manifestações cerebrais como perda de memória e descontrole motores
  • Aparecimento de trombose e mortes súbitas

O que se percebe é a manutenção do vírus no corpo promovendo estragos com o tempo. Para casos como esses, pouco ainda sabemos sobre como resolver, a não ser tratar das consequências insidiosas.

Frente a essa situação só podemos ressaltar a necessidade de manter todos cuidados já  consagrados como eficientes no sentido de evitar a infecção ou reinfecção por esses covids mutantes que persistem em nosso meio.