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Empoderamento feminino na política: estratégias para engajar as jovens mulheres
Andrea Envall

Andrea Envall

Diretora financeira da Fundação 1º de Maio

A sub-representatividade feminina traz consequências para a formulação e execução de políticas públicas.  É necessário fomentar ações afirmativas que intensifiquem os debates, com o objetivo de identificar e analisar a formulação de iniciativas que fortaleçam a representatividade política das mulheres.

Temos felizmente observado um avanço significativo das mulheres na política e isso pode ser comprovado ao observarmos os resultados das últimas eleições e da ocupação de cargos estratégicos no âmbito da Câmara dos Deputados. As candidaturas de mulheres bateram recorde este ano, com 33,3% dos registros nas esferas federal, estadual e distrital. No entanto, mesmo sendo as mulheres a maioria do Brasil, com quase 53% do eleitorado, são apenas 15% da Câmera dos Deputados e 12% do Senado.

A sub-representatividade feminina traz consequências para a formulação e execução de políticas públicas.  É necessário fomentar ações afirmativas que intensifiquem os debates, com o objetivo de identificar e analisar a formulação de iniciativas que fortaleçam a representatividade política das mulheres.
 
Estive como secretária da Fazenda em Planaltina (GO) e, durante esse período, enfrentei diversas dificuldades no exercício do cargo. Por isso, deixo aqui, algumas dicas para que você, mulher na política, se encoraje para assumir seu papel de liderança:

Dica 1 – Encontre suas referências femininas
É fundamental promover a presença feminina em cargos políticos como exemplos positivos para inspirar outras mulheres. Encontrar modelos locais e nacionais de sucesso pode motivar jovens mulheres a considerarem a política como uma carreira viável e empoderadora.

Dica 2 – Forme sua rede de apoio
A formação de grupos de apoio é outra estratégia eficaz. Ter uma rede de apoio em escolas, universidades, locais de trabalho e na comunidade cria um ambiente seguro para compartilhar ideias, discutir questões políticas e se apoiar mutuamente enquanto avançam na carreira política

Dica 3 – Seja uma cidadã ativa
É essencial destacar a importância da cidadania ativa, mostrando que as vozes das mulheres são valiosas e podem influenciar políticas. Campanhas públicas que destacam histórias de mulheres líderes e a importância da diversidade de opiniões podem inspirar mais mulheres a se envolverem na política. Então, por que não usar suas próprias redes sociais para contar sua história e empoderar outras mulheres?

Dica 4 – Descubra o Lidera+
Para mulheres interessadas em mergulhar no universo político, o Lidera+ é uma ótima opção. O curso é promovido pela Fundação 1º de Maio e está finalizando a sua 3ª Edição. Foi pensado e criado para capacitar mulheres a entenderem o jogo político e a construírem candidaturas fortes e viáveis, superando os desafios enfrentados por mulheres na política.

Em 2022, mostramos que somos muitas e viemos para ficar. No Solidariedade, crescemos 52% de candidaturas em comparação a 2018, saltamos de 244 para 373 candidatas, ampliamos 45,7% o número de candidaturas pretas e pardas e hoje, temos 188 candidatas autodeclaradas pretas ou pardas.

As candidaturas femininas do Solidariedade por região em 2022:

Sudeste: 118
Nordeste: 91
Sul: 61
Norte: 58
Centro-Oeste: 45
Total Geral: 373

Representatividade:
• Uma candidata a governadora
• Três candidatas a vice-governadora
• 140 candidatas a deputadas federais
• 215 candidatas a deputadas estaduais
• 11 candidatas a deputadas distritais

Somos o 2° partido com mais candidaturas de pessoas com deficiência, estamos entre os 10 partidos com mais candidaturas indígenas, seja cis ou trans, somos inclusão, igualdade e diversas. Somos mulheres unindo forças e para as próximas eleições esperamos ver mais brasileiras liderando o nosso futuro!