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Importância dos cursos de formação política
Cláudio Prado

Cláudio Prado

Consultor da Fundação 1º de Maio

Importância dos cursos de formação política
Em um país com problemas graves na educação básica, não surpreende que haja carência de educação política, assim sendo, todos nós militantes do Solidariedade e da Fundação 1º de Maio temos que levar muito a sério a formação política de todos da sociedade civil.

Objetivos da fundação

Desde nossa fundação, em 2014, o compromisso com a formação política tem sido nosso caminho principal, já estivemos em todos os estados brasileiros com cursos de formação política, dialogando e nos posicionando para as várias vertentes de pensamentos de pessoas, militantes ou  ativistas da sociedade civil, procurando capacitar a todos para participarem da política, levando a pensar em nosso papel como cidadãos no impacto de nossas ações na sociedade, em todas as áreas, melhorando a qualidade desta intervenção para os caminhos democráticos e de igualdade social.

“A Fundação 1º de Maio do Solidariedade tem como principal objetivo a educação e a formação política. Deste modo, desenvolve cursos, debates, palestras e capacitação sobre política, administração pública e outros temas pertinentes para o desenvolvimento do país, tanto para filiados do partido quanto para a sociedade civil”, diz Samanta Costa, presidente da Fundação 1º de Maio.

A importância da Formação Política

Para Aristóteles, um dos maiores filósofos da Grécia clássica, “a política é a ciência que tem por objetivo trazer felicidade ao homem e divide-se em ética e em política propriamente dita. No sentido ético, a política deve trazer felicidade ao cidadão/indivíduo, habitante da Pólis (Cidade) em termos políticos, essa felicidade seria atribuída a toda coletividade.

A educação política para a cidadania, nos possibilita escolher os rumos que queremos para nossas vidas, isso afeta a todos e determinará o futuro das próximas gerações, para o bem ou para o mal. A política tem a ver com as relações de poder existentes na sociedade, a educação política deve respeitar a pluralidade de pensamentos existentes.

A participação política na sociedade

A palavra política pode ser usada também para se referir à organização e administração de qualquer instituição privada, como as empresas, as escolas, os sindicatos, e outros. Sempre que alguém tem o poder de dirigir outras pessoas, podemos falar que há uma relação política entre as partes, entre o que dirige e os que obedecem.

“A política se faz dentro e fora dos partidos políticos, por cidadãos motivados ou indiferentes às objetivações sociais. Há política com mais, ou menos militância, quando se luta a favor ou contra essa ou aquela lei, há política na fome, há política na seca, há política no desenvolvimento, há política na qualidade do ar que se respira ou na cor e na saúde da água que se bebe (ou não se bebe), há política na quantidade de bebês que nascem, (sobre)vivem ou morrem.

Hoje os assuntos da esfera privada nos ocupam quase que integralmente. É uma constatação que as sociedades modernas são menos políticas, pois para além das eleições, poucas pessoas participam de outras organizações da sociedade civil. A política como atividade social não está mais no centro de nossas vidas e delegamos este papel a nossos representantes, que se reunirão nos parlamentos em assembleias longas e maçantes que a maioria de nós não estaria disposta a enfrentar.” Diz Alessandro Nicoli de Mattos – O Livro Urgente da Política Brasileira.

Mais importante ainda é reconhecer que boa parte da população, não podem se dar ao luxo de estudar, refletir e pensar sobre política. Estão ocupados tentando sobreviver, garantindo o dinheiro da próxima refeição ou do aluguel.

Acreditamos que a educação política deve orientar o cidadão a tomar consciência dos problemas locais e participar da transformação do lugar onde vive. Existem muitos espaços de cidadania, como observatórios, grupos de voluntários, igrejas, partidos, associações, conselhos, audiências públicas, entre outros. As redes sociais também se tornaram um espaço de debate, mesmo que muitas envolvidas de ódio e intolerância.

Abrir mão da participação política é entregar nosso destino nas mãos de outras pessoas.

Temos que ter em mente que em uma sociedade como a que vivemos, o desinteresse e a falta de informação política são fatores que influenciam diretamente a qualidade de nossas vidas.

“Voltar as costas para a política é virar-se contra os mecanismos que nos possibilitam escolher os rumos que queremos para nossas vidas. Quando dizemos que não gostamos de política, ou que simplesmente não ligamos para ela, estamos na verdade, desistindo de participar da administração dos caminhos que nos dizem respeito. Além disso, quando nos desinteressamos por esse assunto, estamos entregando nosso destino nas mãos de outras pessoas.” Diz Alessandro Nicoli de Mattos – O Livro Urgente da Política Brasileira.

Temos que ter uma participação consciente na política

O fato de não votar ou desligar a televisão durante o horário eleitoral não nos remove da política, mas é um ato político em si, que passa a mensagem de que estamos contentes, ou acomodados com a situação atual, não existe uma atitude “apolítica”. Todos nós estamos inseridos na sociedade e somos políticos, no sentido amplo da palavra, querendo ou não, pois não há uma solução que não seja pelo caminho político, uma atitude de neutralidade favorece a continuidade. Mas se não estamos satisfeitos com os políticos ou como a sociedade está sendo conduzida, aí sim, devemos participar mais ativamente com nossas ideias e opiniões.

A importância da formação Política

A educação política deve respeitar diferentes ideologias, a sociedade é formada por diferentes grupos e eles também expressam visões políticas divergentes que representam diferentes formas de pensar sobre a vida em sociedade.

É importante, porque fornece ferramentas para a cidadania e empodera pessoas, grupos e comunidades. A preocupação de todos nós em participar da vida da comunidade, produzindo com nossos conhecimentos políticos a melhora da qualidade de vida, deveria ser uma atitude elogiosa, e é, talvez, uma das atividades mais nobres da existência humana.